Nota técnica elaborada pela Universidade Estadual do Ceará (Uece), intitulada “O impacto das mudanças climáticas na educação: iniciando um debate”, mosta como o avanço das mudanças climáticas já afeta diretamente a educação brasileira.
Enchentes suspendem aulas, ondas de calor extremo dificultam o aprendizado e queimadas agravam problemas respiratórios, aumentando a evasão escolar. Esses impactos não são apenas pontuais – eles revelam uma crise estrutural que compromete o direito à educação e a permanência dos estudantes nas escolas.
Segundo o estudo, é urgente encarar a crise climática como um fator determinante na educação. O estudo aponta que, embora as escolas não possam reverter diretamente as mudanças climáticas, elas desempenham um papel essencial na conscientização ambiental e na proteção dos estudantes contra eventos extremos.
A pesquisa defende a urgência de mudanças curriculares, com a inclusão da alfabetização climática e ambiental na formação inicial e continuada de professores. Além disso, destaca a importância de incentivar pesquisas acadêmicas sobre políticas ambientais, mudanças climáticas e educação.
Outro ponto fundamental é a necessidade de abordagens pedagógicas multidisciplinares, integrando disciplinas como português, biologia e geografia para que a preservação ambiental e o desenvolvimento sustentável sejam trabalhados de maneira ampla e contínua. Além disso, o estudo alerta para um novo fenômeno: a ansiedade climática entre crianças e adolescentes, ressaltando a importância de estratégias pedagógicas que promovam resiliência climática.
O Sintaema reforça que a crise climática não é apenas um problema ambiental, mas também uma ameaça à justiça social. Se escolas públicas em comunidades vulneráveis não forem preparadas para enfrentar esse cenário, a desigualdade educacional se aprofundará ainda mais.
Diante disso, é urgente que governos e instituições adotem medidas concretas para garantir escolas mais seguras, acessíveis e preparadas para lidar com os desafios climáticos. A educação e o meio ambiente são lutas inseparáveis – e o Sintaema seguirá cobrando políticas que garantam um futuro sustentável para as próximas gerações.
Juntos pela preservação do meio ambiente!
Com informações do Jornal Valor