Pesquisa publicada na revista Nature – impresso especialista em questões ambientais – indica que, em 2022, as emissões de gás carbônico (CO²) tiveram um aumento de 1%. Segundo os dados, as emissões alcançariam 37,5 bilhões de toneladas e quebrariam o recorde atual de emissões. definido pela segundo dados preliminares apresentados na COP27, Conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre mudanças climáticas.
O estudo ainda aponta que, no Brasil, as duas principais causas para a emissão de CO2 é a mudança de uso da terra, ou seja, às queimadas e à criação de gado. A estimativa toma por base que nem mesmo durante a pandemia o Brasil reduziu a emissão de CO2. Dados do Observatório do Clima mostram que, enquanto o mundo registrou uma queda de 7% nas emissões totais de gases do efeito estufa durante a pandemia de Covid-19, o Brasil registrou um aumento de 9,5%.
No cenário global, a China tem uma previsão de queda de 0,9%, para 2022, mas apesar disso ainda é o maior emissor de CO² em níveis absolutos. Na análise per capita, o maior emissor segue sendo os Estados Unidos, com uma projeção de aumento de 1,5%.
Mercado de Carbono
Para mitigar os efeitos da presença do principal gás do efeito estufa na atmosfera foi criado o mercado de carbono. O mercado funciona como um sistema de recompensas. Se uma empresa ou indústria produz dentro de um limite estabelecido de emissões de CO² permitida, ou possua uma adequada política para compensar o meio ambiente, como o plantio de árvores, essa empresa/indústria ganha créditos.
São os chamados créditos de carbono, que podem ser negociados com outras empresas/indústrias que não possuem tais políticas e que seriam, grosso modo, mais poluentes. Dessa forma, a empresa mais sustentável recebe incentivos para ajudar o meio ambiente, enquanto a empresa mais poluente trabalha para reduzir as emissões a fim de reduzir gastos.