Reunidos em assembleia virtual na manhã de hoje (15), os trabalhadores e trabalhadoras da CETESB aprovaram por ampla maioria entrar em greve a partir do dia 22 de junho, uma vez que não houve avanço na proposta da empresa.
Confira o encaminhamento de luta do Sintaema em conjunto com o Sinquisp e o Sindicato dos Advogados:
– Estado permanente de assembleia;
– Estado de greve com início do movimento paredista no próximo dia 22;
– Nova assembleia dia 21 para avaliar a situação, organizar e ratificar a greve.
Os representantes do Sintaema, CRF e dos demais sindicatos manifestaram indignação em relação ao resultado das negociações no qual a empresa não conseguiu avançar e manteve a mesma proposta apresentada na terceira reunião que foi o reconhecimento da data-base, garantia no emprego de 96% e manutenção dos benefícios, 0% de reajuste nos salários e benefícios, e sequer a cesta de Natal foi concedida.
Ou seja, nenhum avanço, uma vez que a manutenção dos benefícios está garantida devido à luta que ganhamos em 2019 e que é válida por quatro anos.
A situação está cada vez mais difícil em relação à intransigência do governo, a judicialização dos acordos vem se tornando uma constante, os trabalhadores não são valorizados, o governo não reconhece a importância dos serviços prestados por esses profissionais em relação ao meio ambiente e à saúde pública.
Mesmo com a pandemia a produtividade não caiu, tanto os que estão em teletrabalho quanto os presenciais continuaram a exercer suas funções com muito afinco e responsabilidade, inclusive os presenciais deveriam estar na prioridade da vacinação, mais uma luta que o Sintaema vem travando com o governo.
O presidente do Sintaema, José Faggian, mais uma vez repudiou as mais de 484 mil mortes pela Covid-19 devido à irresponsabilidade do governo federal e lamentou por não ter avanços na proposta.
“Vivemos uma soma de várias crises, a sanitária, a econômica, a da política com o negacionismo do governo federal, tudo isso resulta na degradação das relações de trabalho, e em âmbito estadual o tratamento aos trabalhadores é o da desvalorização e o sucateamento das empresas públicas. Frente a tanto descaso, não restou outro caminho senão o da greve”, desabafou o presidente.
Sobre o andamento dos dissídios
Para atualizar os trabalhadores sobre as ações movidas pelo sindicato em relação à CETESB, o advogado do Sintaema, Dr. Ricardo Gebrim, participou da assembleia e informou sobre o andamento dos processos.
Em relação ao dissídio de 2019, foram julgadas as cláusulas econômicas e sociais, sendo que as econômicas tiveram validade até 2020, e as cláusulas sociais são válidas até 2023. A empresa recorreu, porém ainda não houve o julgamento.
Quanto ao dissídio de 2020 ainda não houve o julgamento, mas o advogado acredita que será em breve. Vale ressaltar que esse dissídio é somente sobre as cláusulas econômicas, uma vez que as demais cláusulas continuam vigentes.
Fiquem atentos aos informes!
Próxima assembleia dia 21, participem!
Pela valorização dos trabalhadores e avanços na proposta, vamos todos juntos na luta!
