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Enquanto CEDAE investe em Xerém (RJ), empresa privada lucra com filé mignon do setor

Uma nova Estação de Tratamento de Água (ETA), em Xerém, Duque de Caxias, na Baixada, começou a ser construída, no dia 6 de julho, pela CEDAE – empresa pública que teve parte do seu capital entregue de bandeja à iniciativa privada em 2021.

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A pergunta é: Por que as empresas privadas que arremataram os lotes da CEDAE em 2021 não cumpriram com a promessa de aplicar os investimentos necessários para garantir água e esgoto tratado? Simples, empresas privadas querem que o Estado invista o dinheiro dos seus impostos, depois entrega, a preço de banana, para as empresas privadas que irão lucrar milhões com a estrutura construída pelo Estado. 

Não é novidade que uma empresa privada só irá aplicar seu dinheiro em locais que já possuem estrutura construída pelo Estado e que irão garantir retorno em dobro do que foi aplicado. Por isso, nossa luta é para que os serviços de saneamento sejam prestados pelas empresas públicas, que assumem o papel social e entendem que não importa se o cidadão mora no Jardins ou em Parelheiros, ele tem direito a água e esgoto tratados. A cidade de Xerém, só terá esgoto tratado graças ao braço CEDAE, uma empresa pública que dava lucro para o Estado do Rio e mesmo assim foi fatiada pela sanha privatista do governo estadual”, destaca a direção do Sintaema.

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Graças aos investimentos públicos, através da CEDAE, a nova ETA beneficiará cerca de 450 mil moradores da localidade, além dos bairros de Santa Cruz da Serra, Imbariê e áreas adjacentes. 

Com vazão de 1,3 mil litros por segundo, a nova estação será a maior do Brasil – e a primeira do Estado do Rio – com ultrafiltração, um sistema moderno e com capacidade de filtragem mais avançada, capaz de remover até partículas microscópicas.

“A construção de uma ETA é de um  impacto transversal, significa investir em saúde e qualidade de vida, visto que, população com esgoto tratado reduz drasticamente o risco de contaminação por várias doenças, desafoga o SUS e permite que a população beneficiada contribua, de forma saudável para o avanço da região. Ou seja, um círculo virtuoso que só pode ser garantido se tivermos como premissa não o lucro no final de cada trimestre, mas a qualidade de vida da nossa população. E a gente sabe o que a empresa privada prioriza”, problematiza a direção do Sindicato.

O Sintaema segue firme para que a população de São Paulo não sofra o mesmo que a população do Rio de Janeiro, que convive hoje com tarifas abusivas, serviços precarizados e a ausência de investimentos nas regiões que mais precisam.

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