Esta data marca uma grande conquista no ativismo das mulheres lésbicas na luta para vencer o preconceito que ainda existe na sociedade.
A data é alusiva ao 1º Seminário Nacional de Lésbicas realizado no Rio de Janeiro, em 1996, quando foram debatidas as questões sobre a violação de direitos das mulheres em razão da sua orientação sexual.
Em matéria da Folha de São Paulo de hoje, lésbicas de 17 a 60 anos contaram um pouco sobre suas trajetórias e opiniões expondo a realidade enfrentada:
– Quando se trata de mulheres negras, o preconceito é ainda maior;
– Aquelas que saem do padrão de feminilidade também sofrem mais, as que são chamadas de “sapatões”;
– É mais difícil assumir em profissões onde os espaços são dominados por machismo e preconceito;
– Não é fácil se assumir para a família, para a sociedade e em alguns casos para si mesma;
– A dificuldade em ser vista como cidadã com os mesmos direitos pelo Estado;
– O medo de expor o afeto em público, principalmente as lésbicas das gerações mais antigas, que até escondiam sua condição.
“As forças conservadoras estão de volta e muito presentes. É um momento importante para lutar contra a ignorância, e não contra as pessoas”, disse uma das entrevistadas.
Se ainda existe a questão das mulheres sofrerem preconceitos e ganharem em média salários 30% menores que os homens, ainda que desempenhando a mesma função, a mulher lésbica sofre ainda mais.
Portanto esta data já é um avanço ao gênero, às lésbicas de todas as gerações e leva à reflexão do quanto ainda é preciso lutar para ter respeito e direitos iguais.