Home Destaque Prefeitura de São José multa Sabesp em mais de R$ 1,5 milhão

Prefeitura de São José multa Sabesp em mais de R$ 1,5 milhão

Foto: Divulgação.

A Prefeitura de São José dos Campos aplicou 13 autuações ambientais contra a Sabesp ao longo de 2025, totalizando mais de R$ 1,5 milhão em multas. As penalidades foram registradas após reiteradas irregularidades no sistema de esgotamento sanitário operado pela companhia no município.

As ações integraram uma força-tarefa da administração municipal com a Agência Ambiental do Vale do Paraíba, responsável pelo monitoramento das condições ambientais da região.

Veja também – Comerciante do Bom Retiro denuncia ao Sintaema: “depois da privatização a água sumiu da torneira”

Segundo o município, a fiscalização foi intensificada diante das recorrentes denúncias de extravasamento de esgoto, um problema grave que compromete a qualidade do solo, contamina córregos e rios e coloca em risco direto a saúde da população.

Muitas dessas ocorrências foram identificadas por equipes técnicas, mas também por moradores que usaram a Central 156 para denunciar esgoto a céu aberto, mau cheiro e água escura nas galerias.

Essa não é a primeira vez que São José dos Campos cobra a Sabesp. Em 2023, a Arsesp já havia multado a companhia em cerca de R$ 10 milhões, parte ainda não paga. Agora, com as novas autuações, a Prefeitura afirma que busca garantir respostas mais rápidas e cobrar investimentos estruturais para corrigir falhas que há anos prejudicam a população.

Falhas e falta de água: marcas da nova Sabesp

Enquanto a Sabesp enfrenta multas por falhas no esgotamento sanitário no interior, a realidade em várias regiões da Grande São Paulo é igualmente crítica — e o Sintaema vem denunciando isso sistematicamente.

Em bairros periféricos como M’Boi Mirim, Jardim Ângela, Capão Redondo, São Mateus, Brasilândia e Cidade Tiradentes, a falta d’água virou rotina. Nas madrugadas, torneiras secas e reservatórios vazios fazem parte do cotidiano de milhares de famílias trabalhadoras.

O mesmo cenário se repete em cidades como Osasco, Barueri, Carapicuíba e Itapevi, onde interrupções constantes no abastecimento geram indignação e prejudicam trabalhadores, escolas, pequenos comércios e serviços essenciais.

E, para piorar: tarifa mais cara!

Mesmo com falhas recorrentes, extravasamento de esgoto, bairros inteiros sem água e multões ambientais, a população ainda foi obrigada a conviver com o aumento abusivo das tarifas imposto pela privatização do governo Tarcísio de Freitas.

A cada reajuste, famílias da periferia são as que mais sofrem — pagando mais caro por um serviço que chega cada vez pior.

Sabesp precisa investir mais e respeitar o povo

Para o Sintaema, o conjunto de irregularidades reforça a necessidade urgente de:

  • mais investimentos em manutenção, infraestrutura e contratação direta na empresa;
  • resposta imediata às ocorrências de esgoto;
  • melhoria no atendimento à população;
  • transparência nas ações;
  • respeito às normas ambientais e sanitárias.

É inadmissível que, em pleno 2025, populações inteiras convivam com esgoto a céu aberto, água que não chega ou chega imprópria para consumo, enquanto a Sabesp — privatizada — prioriza dividendos em vez de garantir serviços essenciais.

O Sintaema segue atento, mobilizado e ao lado da população, defendendo saneamento público, universal e de qualidade.