A Assembleia Legislativa de Minas Gerais viveu, nesta segunda (24), mais um capítulo do atropelo promovido pela base do governador Romeu Zema (Novo) para empurrar a privatização da Copasa. Após mais de duas horas de obstrução da oposição, o projeto de lei que autoriza a venda da companhia foi aprovado na Comissão de Administração Pública — mesmo diante das inúmeras denúncias sobre os riscos que a medida representa para a população mineira.
Com forte movimento do Sindágua MG e de movimentos sociais, deputados e deputadas de oposição apelaram para a sensatez e para a responsabilidade social do governo, lembrando que água não é mercadoria e que a Copasa cumpre um papel essencial na garantia de tarifas acessíveis, descontos sociais e atendimento universal.
Mesmo com forte resistência, o texto passou e segue para a Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária (FFO), onde o cenário também é desfavorável para quem defende o saneamento público.
Água é direito, não mercadoria
Sentido na pele os efeitos da privatização da Sabesp, o Sintaema reforça sua posição ao lado dos trabalhadores, trabalhadoras e da população mineira: a privatização da Copasa não é solução — é risco, é retrocesso e é ameaça direta à tarifa social, à universalização e à qualidade do serviço.
A experiência em outros estados e países é clara: onde privatiza, a tarifa sobe, o atendimento piora e o lucro passa a valer mais do que a vida das pessoas.
Seguiremos acompanhando, apoiando a luta, mobilizando e denunciando. A defesa da água pública é uma luta de toda a sociedade.








