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Cai a máscara de Tarcísio: governador teme que a crise hídrica prejudique seu projeto para 2026

A atual crise hídrica expôs o que o Sintaema vem alertando desde o início: o projeto de Tarcísio de Freitas nunca foi São Paulo — foi sua própria carreira política. A privatização da Sabesp não nasceu de uma preocupação com o abastecimento, a universalização, com o meio ambiente ou com o direito à água. Ela foi, desde o início, uma aposta eleitoral e ideológica, uma vitrine construída à custa dos direitos do povo paulista.

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Tarcísio quer culpar São Pedro

Com bairros inteiros enfrentando até 16 horas por dia sem água, o governo Tarcísio tenta agora esconder o fracasso da privatização e conter o desgaste político às vésperas de um novo ciclo eleitoral.

A estratégia é clara: afastar a Sabesp das decisões, controlar a comunicação e jogar a culpa em fatores externos – mudanças climáticas -, como se o desmonte da estrutura pública de saneamento não tivesse relação direta com a crise que atinge a população.

Comunicação de guerra de olho em 2026

As informações divulgadas pela imprensa revelam um governador que monitora pessoalmente a narrativa sobre o abastecimento, em reuniões com publicitários e consultores de imagem, enquanto o povo sofre com torneiras secas e tarifas em alta.

De olho em seu projeto para o planalto, Tarcísio trata a crise como problema de marketing — não de gestão, nem de justiça social.

Desmonte da Sabesp

Mesmo superavitária, a Sabesp foi entregue ao mercado sob o argumento de “modernização” e “eficiência”. O resultado é o oposto: desorganização operacional, falta de transparência e exclusão das comunidades mais vulneráveis das discussões sobre as políticas de abastecimento. Agora, quando a estiagem pressiona o sistema, o governo tenta se descolar da empresa que ele mesmo privatizou, fingindo que a Sabesp não tem mais responsabilidade sobre as decisões.

A máscara caiu. A promessa de “resiliência hídrica” virou precarização do serviço, e o discurso da “parceria público-privada” se revelou o que sempre foi: uma transferência de patrimônio e poder ao capital privado, em detrimento do interesse público.

Para o Sintaema, é inaceitável que a água — um bem essencial à vida — continue sendo tratada como mercadoria e instrumento de campanha eleitoral. O sindicato reafirma sua luta ao lado das trabalhadoras e trabalhadores da água, do esgoto e do meio ambiente, e de toda a sociedade paulista, para barrar esse processo de desmonte e garantir uma política hídrica baseada em planejamento, participação social e justiça ambiental.

Porque o povo paulista não pode pagar o preço da ambição política de um governador que usa o Estado como trampolim de poder.

A água é do povo — e o Sintaema seguirá lutando para que continue sendo acessível e administrada com responsabilidade social e ambiental.