O Sintaema repudia com veemência a aprovação da PEC que retira a exigência de referendo popular para a privatização da Copasa, aprovada em 2º turno pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) nesta quarta (5).
A votação, marcada por tumulto, confusão e questionamentos sobre a contagem dos votos, escancara o autoritarismo e a pressa do governo Romeu Zema (Novo) em entregar o patrimônio público ao capital privado.
Ao dispensar a consulta popular, o governo mineiro e sua base parlamentar rasgam a Constituição Estadual e negam à população o direito de decidir sobre o destino de um bem essencial à vida: o saneamento básico. Trata-se de uma manobra política a serviço da sanha privatista, que tenta transformar um direito fundamental em mercadoria, colocando o lucro acima do bem-estar do povo.
A aprovação da PEC foi recheada de irregularidades, incluindo a contagem duvidosa de votos e a confirmação de resultado apenas após o registro tardio de um parlamentar pelo microfone. Essa cena, lamentável e simbólica, revela o vale-tudo de um governo que atua em sintonia com o mercado e contra o povo mineiro.
Ao contrário do que afirma o governador, a privatização da Copasa não é solução para a dívida pública, mas sim um ataque frontal aos direitos sociais, que abrirá espaço para aumento das tarifas, demissões, precarização dos serviços e exclusão das populações mais vulneráveis do acesso à água e ao saneamento.
O Sintaema, como entidade classista e combativa, se solidariza com os trabalhadores e trabalhadoras da Copasa, com os sindicatos e movimentos sociais de Minas Gerais que resistem a mais esse ataque. Essa luta é de toda a classe trabalhadora e deve ser nacional: defender as empresas públicas de saneamento é defender a soberania, a dignidade e o direito à água como bem comum.
O que está em jogo é o futuro do saneamento público no Brasil.
E o Sintaema seguirá lado a lado com a classe trabalhadora, nas ruas e nas assembleias, para barrar as privatizações, denunciar as manobras e garantir que a água e o saneamento permaneçam sob controle público e social.
Sintaema: juntos na defesa pelo direito universal ao saneamento e pelos direitos do povo!
