Em protesto realizado na manhã desta terça (4), em frente à sede do Banco Central (BC) em São Paulo, a CTB, demais centrais sindicais e representantes do movimento estudantil denunciaram a política monetária que vem sufocando a economia, prejudicando o povo brasileiro e desviando recursos públicos para o sistema financeiro.
O ato criticou duramente a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de manter a taxa básica de juros (Selic) em 15% ao ano, o que faz do Brasil o país com a maior taxa de juros reais do mundo. Essa política imposta pelo BC — sob o argumento falho de “controlar a inflação” — tem travado o desenvolvimento nacional e impedido investimentos em áreas estratégicas como infraestrutura, saúde e educação.
A manutenção da Selic em patamar elevado impacta diretamente a vida da classe trabalhadora, encarecendo o crédito, desestimulando a produção e aumentando o endividamento das famílias. Hoje, mais de 78 milhões de brasileiros estão com o nome negativado, enquanto o sistema financeiro segue batendo recordes de lucro.
Estudo do Dieese revela que, em 2023, a União desembolsou R$ 732 bilhões apenas com o pagamento de juros da dívida pública — valor 4 vezes maior que o orçamento do Bolsa Família e 8 vezes superior aos recursos do novo PAC.
A CTB e o Sintaema se somam à denúncia de que a atual política do Banco Central atua como inimiga do desenvolvimento nacional, beneficiando especuladores e rentistas em detrimento do povo trabalhador.
É urgente que o BC adote uma política comprometida com o crescimento econômico, o emprego e a soberania nacional. O Brasil precisa de juros baixos, crédito acessível e investimento público — e não de um Banco Central a serviço do capital financeiro.
Sintaema, em defesa do Brasil, do povo e do serviço público!

















