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Entidades discutiram a crise da água

Para debater o assunto mais preocupante do momento no sentido de buscar alternativas, o Sintaema e diversas entidades realizaram a Plenária Aberta sobre a crise da água, no último dia 6, na Sede do Sintaema.

Todos apontaram a preocupação com a maior crise hídrica da história e foram unânimes na responsabilidade do governo estadual/Sabesp pelo quadro, visto que, embora a estiagem seja um fato, faltou a devida atenção e medidas para que os sistemas não secassem.

“Há anos a Sabesp já sabia desses problemas, a crise estava anunciada quando a reserva do Cantareira já dava sinais de atenção ao produzir menos água do que se estava retirando do reservatório.

O governo negligenciou este alerta, contou com as chuvas que não aconteceram, e agora vem com medidas paliativas, como o bônus”, disse o presidente do Sintaema, Rene Vicente.

“A crise é tão grave que já afeta outros sistemas. Faltaram investimentos no combate às perdas, faltaram informações à população, mas não faltaram lucros aos acionistas”, frisou o presidente.

“Precisamos alertar a sociedade de que a culpa desta crise é do Estado. Este quadro extrapolou a civilidade”, enfatizou o presidente da CTB estadual, Onofre Gonçalves.

“Existem medidas básicas. Por que não armazenaram as águas das chuvas, que foram torrenciais ano passado? Porque não é prioridade deste governo estadual”, frisou o presidente da CUT – estadual, Adi dos Santos. “A indústria usa água potável para resfriar peças e produção, não investem em água de reuso”, finalizou Santos.

A plenária deliberou pela elaboração por parte das centrais de uma Carta Aberta à Indústria sobre a utilização da água de reuso.