Preocupado com a integridade física de quem está na ponta do problema, ou seja, os trabalhadores que fazem serviço de campo e estão sendo hostilizados, o Sintaema e os delegados sindicais da Região Oeste se reuniram com o Departamento Administrativo e Financeiro, João Hélio, no dia 29 de outubro.
Os delegados relataram os casos de ameaças em vários bairros onde já está havendo a falta de água. Agressões verbais, ameaças de agressão física e de atear fogo nos carros da Sabesp, e até mesmo ameaça de segurar o trabalhador no local enquanto não fornecerem a água são ocorrências que estão acontecendo no dia a dia dos companheiros que trabalham na rua.
E para completar o desespero desses trabalhadores, muitos são incompreendidos pelas chefias quando abandonam o local por estarem sendo ameaçados.
“Este problema não ocorre somente na região Oeste, mas em toda a Região Metropolitana. Estamos preocupados e os trabalhadores estão com medo, e com toda razão. A população está indignada com esta situação e está descontando no trabalhador da Sabesp”, desabafou o presidente Rene Vicente. “Queremos providências imediatas, o governo estadual precisa vir a público e explicar a realidade e a gravidade do quadro à população”, finalizou.
O Departamento reconheceu que o problema dos trabalhadores que estão sofrendo ameaças é grave e bastante preocupante e comprometeu-se a levar a questão para a reunião do CQG, que reúne todos os departamentos, no sentido de traçar orientações gerais aos trabalhadores quando ocorrer ameaças, e também a buscar o diálogo com as lideranças de bairro através dos agentes comunitários da Sabesp.
A situação é gravíssima. O nível na represa Atibainha, em Nazaré Paulista, também vem caindo, a ponto de aparecerem ruínas de construções e equipamentos que estavam submersos há anos, como o pedalinho da foto.