O governador Tarcísio de Freitas prometeu reduzir a tarifa com a privatização da Sabesp mas não explica como isso vai acontecer. Tarcísio também não detalha quais as contrapartidas para os municípios. O presidente da Câmara Municipal de São Paulo, Milton Leite (União Brasil), começou a pressionar o governador, de acordo com matéria na Folha de S.Paulo.
O parlamentar orientou ao relator do orçamento 2024 que crie duas rubricas: uma para receber os recursos advindos da privatização da empresa e outra com recursos destinados a criação de uma companhia municipal de tratamento de água e esgoto, caso a capital não participe da privatização. O orçamento volta à votação na próxima semana.
A falta de transparência no projeto de privatização da Sabesp tem sido denunciada pela direção do Sintaema. O sindicato também apontou que a cidade de São Paulo será um dos municípios mais penalizados com a privatização.
A cidade pode perder mais de R$ 10 bilhões de repasse da Sabesp ao fundo municipal até o final do contrato com a companhia. Também está em jogo um volume de investimentos de mais de R$ 18 bilhões até o final do contrato em 2040.
“Não existe um estudo técnico do IFC sobre a redução da tarifa. O que existe é um estudo vago e esse mesmo estudo, que o governo pagou 45 milhões, afirma que não é possível baixar a tarifa sem o subsídio do estado”, esclareceu o presidente do Sintaema, José Faggian, em audiência na Comissão Especial da Cãmara de São Paulo que estuda os impactos da privatização na Capital.
O Sintaema ao lado dos metroviários e ferroviários reivindicaram ao governo do estado que realize um plebiscito oficial para que o debate seja mais aprofundado com a população. “O governo não aceitou.
A greve que os trabalhadores realizaram conseguiu trazer para o debate a privatização dos serviços essenciais e fez com o que o governador viesse se explicar. O povo sabe que a Sabesp é uma patrimônio e não vai aceitar a privatização da empresa”, afirmou Faggian.
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Com informações da Folha de S.Paulo