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Sintaema e movimentos sociais denunciam em ato na Alesp projeto privatista de Tarcísio

A luta contra as privatizações dos serviços essenciais no estado de São Paulo reuniu nesta quinta-feira (16) em frente à Alesp um grande público para denunciar o projeto de desmonte das empresas públicas que está em curso no Estado. Enquanto o PL da privatização da Sabesp era tema de audiência pública dentro da Alesp, o Sintaema, sindicatos parceiros e movimentos sociais ocuparam a rua em frente à assembleia para protestar.

O protesto começou às 12h e se estendeu durante a tarde se encerrando por volta das 18h. Subiram no carro de som, parlamentares, lideranças sindicais, representantes dos movimentos sociais e das categorias de trabalhadores do Sintaema, Metrô, Ferroviários e professores estaduais. Partidos progressistas, militantes do MTST e da Frente Povo Sem Medo também aderiram à manifestação.

“A defesa da Sabesp, do Metrô e da CPTM está ganhando cada vez mais o apoio da sociedade. É preciso mostrar o prejuízo que São Paulo vai amargar com a venda da Sabesp. É preciso lembrar que as linhas operadas pelo consórcio privado da Via Mobilidade são as que mais penalizam a população. Tarcísio vai precarizar o saneamento e o transporte em nome do lucro. Quer acabar com a educação em São Paulo retirando recursos. É a lógica da redução de custos da iniciativa privada”, declarou o Sintaema.

Os parlamentares dos partidos progressistas também discursaram antes da audiência pública. O deputado Guilherme Cortez (PSOL) lembrou que está em curso na Alesp a CPI da Enel, que deixou milhões de paulistas durante uma semana sem luz e sem atendimento. “A iniciativa privada não é capaz de atender o interesse da população. Não podemos esperar pra fazer uma CPI da Sabesp privatizada como está acontecendo com a Enel”, disse o parlamentar.

“Se os deputados tivessem compromisso com o interesse público estariam fazendo uma audiência aqui fora olhando para o povo, dialogando com o povo e seguindo a vontade da população”, afirmou o ex-deputado Alcides Amazonas, atualmente presidente do PCdoB da cidade de São Paulo.

O presidente da CTB, Rene Vicente, afirmou que Tarcísio de Freitas ignora a opinião da população. “O povo se manifestou uma vez sobre a privatização. 53% dos paulistas são  contra a privatização da Sabesp. Realizamos um plebiscito popular em que a população participou e também expressou em sua grande maioria não apoiar o projeto de Tarcísio. O povo não quer a privatização da Sabesp, nem do metrô e nem da CPTM”.

Narciso Soares, vice-presidente do sindicato dos metroviários, destacou a unidade dos movimentos em defesa dos serviços essenciais públicos. “É muito importante fortalecer nossa unidade pra não deixar privatizar a Sabesp. se privatizar vai aumentar a tarifa, vai piorar o serviço. Vocês viram o exemplo da Enel. Temos que exigir um plebiscito oficial para que a população expresse sua opinião”.

O Projeto de Lei 1501/2023, que autoriza a privatização da Sabesp, está em tramitação na Alesp. No momento, está em debate no Congresso de Comissões após manobra dos governistas que juntaram as três comissões para apreciar ao mesmo tempo o PL. Os metroviários, trabalhadores do saneamento e ferroviários em parceria com professores estaduais planejam nova greve para parar a cidade de São Paulo no dia 28 de novembro em repúdio às privatizações do governo do Estado e aos ataques à educação.

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