Home Sem categoria Frota sucateada

Frota sucateada

Dizer que a Fundação Florestal tem uma frota de veículos é, no mínimo, uma piada. O que se tem é um monte de veículos sucateados, em péssimo estado de conservação por falta de manutenção adequada, e mesmo os que ainda circulam por aí, já seguem no mesmo caminho. Como pode uma instituição de tamanha importância como a Fundação, responsável por quase um milhão de hectares de mata pelo Estado, que coloca no site como seu objetivo: “contribuir para a conservação, manejo e ampliação de florestas em SP” sequer disponibilizar veículos em condições adequadas para que se atinja este objetivo? Conservação exige vigilância ostensiva e constante e presença dos agentes fiscalizadores (nossos Guarda Parques) nos locais mais vulneráveis no intuito de combater a ação daqueles que degradam o Meio Ambiente. Manejo e ampliação de florestas também exigem a presença dos técnicos levando seu conhecimento, concretizando planos e interagindo com as comunidades do entorno das unidades de conservação. Em Parques como o PETAR e Intervales, por exemplos, faltam veículos para a fiscalização se deslocar para as bases, para a troca de turmas, para as ações de vigilância. Já houve casos em que o impedimento foi a falta de pneus, por incrível que pareça. Em outro, trabalhadores tiveram que usar seu carro particular para fazer a troca dos turnos e alguns outros tiveram que caminhar quilômetros para chegar a suas bases. Absurdo! Mas não são somente esses parques que vivem o problema, essa situação é geral: de cada três veículos, um é “montado’ pelos próprios trabalhadores para poder cumprir as atribuições, e se assim não o fazem, não há conservação, não há manejo, não há nada. E quando nem isso há, os trabalhadores se ativam em outros afazeres, muitas vezes deixando de lado, por pura falta de estrutura, aquilo que a Fundação diz ser seu objetivo, seu motivo de existir: Conservar, manejar e ampliar florestas! E como é que fica o Meio Ambiente? Por que este descaso? Por que esta demora na liberação de verbas para conserto e porque quando liberam não é para todo o serviço? Isso é destrato com a questão ambiental. Não há política de governo concreta para a área e as instituições a cada dia perdem sua finalidade social. Não há objetivo real, é um grande faz de conta! E a Fundação, com seus poucos veículos em condição de rodar, anda na contramão das ações globais pelo Meio Ambiente, e isso em pleno Ano Internacional das Florestas!