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Fundação florestal – Dinheiro para trabalhador não tem, mas ….

É comum empresas privadas investirem pesadamente em publicidade na busca do consumidor de seu produto, da expansão de seu mercado, de seus negócios em geral para obter lucro. Essa é a lógica do capitalismo, a lógica da acumulação. Mas o que leva um órgão público como a Fundação Florestal, que desenvolve um trabalho de caráter público, de bem estar coletivo, como a proteção das áreas florestadas de São Paulo, e que, portanto, não visa lucro, gastar R$ 5 Milhões por semestre em propaganda? Qual é o produto que estão querendo vender à população? Isso é uma provocação aos seus trabalhadores que, com seus salários arrochados, sem estrutura, sem pessoal, sob pressão absurda, presenciando dia após dia suas aspirações de valorização profissional e salarial se desfazer diante do descaso do governo e das sucessivas direções indicadas por ele para a instituição que, usando dos mais absurdos argumentos, se negam a implantar o PCCS (Plano de Cargos, Carreiras e Salários), que poderia dar ao menos um incentivo a esses trabalhadores. Dinheiro para propaganda tem aos milhões, mas para oferecer o devido reconhecimento aos seus funcionários, qualquer centavo é negado. Mas, afinal, qual é esse produto vendido nessas propagandas milionárias? Trata-se também de uma agressão ao cidadão que vê seu dinheiro sendo usado para dar publicidade há este projeto neoliberal que aí está há quase 16 anos desestruturando o Estado, privatizando empresas históricas e terceirizando o atendimento à população e usando o dinheiro do povo para posar de modelo de administração pública para o Brasil enquanto, por dentro, aplica a política de Estado mínimo em setores que necessitam de regulação e atendimento público para garantir o acesso dos mais pobres. Mas, qual é mesmo o produto vendido com a propaganda paga com nosso dinheiro? O produto tem nome: José Serra. E o momento eleitoral explica o investimento. São dois os objetivos desse governo estadual: manter em São Paulo o mesmo projeto que tem sucateado o Estado e seus trabalhadores por mais tempo e chegar à presidência, reconduzindo ao plano federal o mesmo projeto que no passado, aplicado por FHC, levou o País ao abismo social.