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Enquanto isso, nas unidades de conservação

Toda a expectativa criada pelo Projeto de Lei 4535/2008, que acrescentava os Guarda-Parques entre os profissionais passíveis de estarem armados em suas atividades, teve um retrocesso com a necessidade de sua retirada estratégica da Comissão por onde tramitava, uma vez que o relator declarou-se desfavorável ao objeto do PL. A retirada foi necessária para evitar seu arquivamento. Infelizmente, todas as argumentações apresentadas pelo diretor do Sintaema Paulo Gady ao deputado relator do processo foram insuficientes para que seu parecer fosse favorável. Nem mesmo a emenda apresentada pelo CRF-FF/Sintaema, que pormenorizava as atividades do Guarda Parque e que serviria no futuro para requerer o reconhecimento da profissão, conseguiu mudar a decisão. Voltando ao ponto de partida, o Sintaema iniciou uma série de articulações com deputados aliados para poder reapresentar o PL. A Fundação Florestal, através do Sr.Donizete, informou que estão sendo tomadas medidas no sentido de requerer a autorização de uso de armas, tendo como base uma liminar conquistada pelo IBAMA. A Fundação Florestal em si pouco fez para resolver esta situação, apesar de a proteção das florestas ser uma de suas atividades principais, portanto, havia força política para pelo menos tentar evitar que os Guarda Parques não fossem contemplados na Lei do Desarmamento. Ao contrário, o que se ouve nos últimos anos é que a Fundação vem construindo argumentos na tentativa de autorizar os vigilantes (terceirizados, mas armados) a atuarem na fiscalização, sendo que este é um papel do Estado, pois tem implicação direta sobre a qualidade de vida da população. Além do que, é proibida por lei a terceirização na atividade fim da empresa. Enquanto isso, nas Unidades de Conservação, alguns gestores têm utilizado os vigilantes para incursões na mata, descumprindo a lei. O Sintaema já conversou sobre isso com os gestores, e o ultimato está dado. Caso não ocorra nos próximos dias a paralisação das atividades feitas pelos terceirizados, a Promotoria Ambiental tomará as providências cabíveis.