Responder a: Tese do 10º Congresso do Sintaema-SP
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A TESE ESTÁ ABSURDAMENTE LONGA, REPETITIVA E CIRCULANDO PELOS MESMOS ASSUNTOS, SEM OBJETIVIDADE DE CONCLUSÕES, E SEM APRESENTAR POSSIBILIDADES CONCRETAS DE AÇÃO, ALÉM DE PLANOS E PROJETOS NO FUTURO, DANDO UM PAINEL DESOLADOR E INIBINDO UM PENSAMENTO DE MUDANÇAS JÁ!
SUGIRO PORTANTO A REDUÇÃO PARA O TEXTO ABAIXO, MAIS SINTÉTICO E OBJETIVO CAPTANDO TODOS OS PONTOS DO TEXTO INICIAL.
5 – MEIO AMBIENTE
106. Os graves problemas sociais e ambientais que se abateram no mundo e em
especial no Brasil nos últimos tempos nos trazem um cenário desolador, ou seja:
pandemia de causas ambientais que empobrece e mata milhares de pessoas
mundo afora; aumento vertiginoso no desmatamento da Amazônia; liberação do
plantio de cana-de-açúcar, queimadas que ceifaram mais de 20% do Pantanal;
genocídio dos povos indígenas; não punição dos responsáveis pelos crimes de
Brumadinho, de Mariana e do derramamento de petróleo no Nordeste; liberação
desenfreada de agrotóxicos; dezenas de tentativas de retrocesso da legislação
ambiental (como o PL 2.633/2020 da Câmara, transformado no PL 510/2021 –
chamado de “PL da Grilagem” que visa estimular o roubo e desmatamento de
terras; o PL 3.729/2004 que visa enfraquecer o licenciamento ambiental e
estimular mais degradação do meio ambiente; ou PL 191/2020 que libera a
mineração em terras indígenas); privatização de nossos sistemas de água e
saneamento (como a CEDAE do Rio de Janeiro e a SABESP, em São Paulo);
abandono da Política Nacional de Resíduos Sólidos; tentativas de privatização de
unidades de conservação no Estado de São Paulo; enfraquecimento e redução do
sistema estadual de proteção ambiental do Estado de São Paulo com a fusão das
antigas Secretarias de Meio Ambiente, Saneamento e Recursos Hídricos e Energia
e Mineração, dando origem à atual Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente
do Estado (SIMA); extinção do Instituto.
117. As transformações do mundo vêm sendo debatidas também na sua vinculação
com a necessidade de avançar em direção a modelos sustentáveis de
desenvolvimento nos eixos econômico, social e ambiental. Desde a revolução
industrial à ascensão do capitalismo, a produtividade só aumentou, alimentando
uma cultura de consumismo e desperdício que, ao mesmo tempo, convive com a
pobreza e a escassez. Nesse sistema estruturalmente desigual, uma das marcas
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é a crescente demanda por energia, que vem sustentando historicamente o atual
modelo de produção e consumo.
119. As contínuas e crescentes emissões do gás carbônico (CO2) constituem a
principal e mais impactante ação humana sobre o clima do planeta, razão pela qual
nas negociações internacionais do clima fala-se em transição para uma economia
de baixo carbono.
120. O mundo do trabalho é especialmente afetado pelas transformações em curso
na economia, nos modos de produção e nas relações de trabalho. O desmonte de
direitos trabalhistas e sociais que o neoliberalismo vem promovendo
internacionalmente desde os anos 1970, recentemente soma-se ao avanço da
automatização da produção, da robótica, da nanotecnologia e da internet, que
promete retirar um grande número de trabalhadores/as, em diversos setores, de
suas atuais ocupações.
122. Construir uma visão “ambiental-sindical” para um futuro social, política e
economicamente justo e ambientalmente sustentável continua sendo um grande
desafio nos nossos dias. Requer uma mudança na cultura política da classe
trabalhadora, nas formas pelas quais nós nos percebemos e construímos como
atores políticos em um campo social mais amplo e não apenas em nossos
empregos. A percepção, por parte de outros atores sociais, de que os sindicatos
incorporaram a defesa do meio ambiente e do clima na sua política os levam
também a apoiar pautas especificamente trabalhistas em suas campanhas.
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123. Não há saída permanente para os problemas ambientais no âmbito de um
sistema que enxerga a natureza como depósito de matéria-prima, para toda sorte
de produtos absolutamente supérfluos e descartáveis, num ritmo desenfreado de
produção, consumo e acumulação: o sistema capitalista.
126. Assim, precisamos envidar esforços e aproveitar o momento grave, mas
repleto de oportunidades, para despertar no trabalhador a consciência da
necessidade de transformação da sociedade, de criação de uma nova ordem,
ambiental e socialmente justa.
127. É sabido que uma construção de alternativas econômicas, sociais e culturais
ao sistema capitalista com sua lógica míope e irracional de expansão e
acumulação infinita de capital não acontece do dia para noite, sendo assim é
necessário uma Transição Ecológica Justa para os/as trabalhadores/as, uma
Transição Ecológica Justa para os mais pobres e vulneráveis, que são sempre os
primeiros a sofrerem os efeitos maléficos das crises ambientais, sociais, políticas
e econômicas.
129. Se não juntarmos as questões sociais, econômicas, políticas e ambientais,
veremos resistência dos próprios trabalhadores para a construção de um mundo
ambientalmente mais correto. É o que ocorre hoje quando vemos trabalhadores
de indústrias altamente poluidoras (que frequentemente envenenam suas próprias
famílias, seus vizinhos e a si próprio) defendendo a manutenção destas fábricas
poluidoras e degradadoras do meio ambiente circunvizinho, por medo de perderem
seus meios de vida.
131. Sendo assim devemos ampliar nossa participação nas mobilizações realizadas
pelo Fórum Alternativo Mundial da Água (FAMA), pelo Observatório Nacional dos
Direitos à Água e ao Saneamento (Ondas), bem como nos inserirmos em toda e
qualquer articulação popular e rede ampla de resistência e ação de enfrentamento
ao cenário de destruição ambiental, em São Paulo, no Brasil e no mundo.
132. O momento é de luta por um mundo socialmente justo e ecologicamente
correto, pela revitalização de laços de solidariedade e de parceria, pela valorização
de culturas e modos de vida de baixo impacto ambiental. Lutamos por uma
Transição Ecológica Justa, em que os trabalhadores não sejam prejudicados
quando das mudanças para o desenvolvimento de novos processos de produção
ambientalmente mais corretos.
movimento sindical passam pela construção de uma política sindical para o
ambiente e para o clima.